Crônicas

Sonho e Realidade

Hoje, nos meus muitos anos de vida, fico pensando se o que sonhei para mim, na minha juventude, se tornou realidade.

Por: Marilene Depes em 12 de março de 2024

Hoje, nos meus muitos anos de vida, fico pensando se o que sonhei para mim, na minha juventude, se tornou realidade. Uma moça, na década de sessenta, quando comecei a trabalhar, não tinha muitas opções, principalmente se não possuía recursos para sair de sua cidade e estudar fora. Cachoeiro não tinha Faculdade e as primeiras surgiram no final da década – Filosofia e Direito. Fiz as duas, uma porque gostava de dar aulas, ainda aos 14 anos ensinava acordeão e aos 18 já ministrava aulas no Liceu como professora substituta. Professora era a profissão da maioria das mulheres, e no magistério, dando aulas ou exercendo outras atividades como Coordenadora ou Diretora, me mantive por 18 anos. Numa fase que o salário de professora mal pagava a gasolina e manutenção do carro, desisti. Da profissão, mas não do trabalho.
Posteriormente fui convidada para assumir uma Secretaria da Prefeitura, senti-me confortável exercendo trabalho social, o que já realizava como Igreja, e a partir daí, após aposentadoria, devido ao envolvimento com a política em defesa dos idosos e das mulheres, idealizei um empreendimento familiar, o Residencial Vila Aconchego.
Trabalho normalmente, não penso em aposentar, o que significaria ficar em casa sem nada para fazer, e sem um trabalho que me realize ficaria deprimida. Roberto Marinho certa vez disse que umas pessoas vêm ao mundo à passeio e outras à trabalho, faço parte do segundo grupo. E não bastasse o trabalho diário, me envolvo em várias atividades voluntárias que preenchem minha vida de prazer e me realizam: Conselhos de Direitos, Academia de Letras, palestras, oração do terço nos Lares de Idosos, e seja lá aonde for que me sinta útil. Além do Podcast “Entre Elas”.
Quando Roberto Carlos divulgou seus planos para o ano em curso: Shows pelo Brasil, nos Estados Unidos e mega show no Maracanã em dezembro, pensei: – que sujeito arretado! Trabalha por dinheiro? Duvido. Simplesmente tem prazer no que faz e se realiza sendo útil e levando alegria e o deleite das suas músicas aos seus milhares de fãs, entre eles eu. O importante é termos objetivos de vida, e já me vejo no Maracanã em dezembro e organizando a festa do meu aniversário no próximo ano! Enquanto tivermos metas a vida nos possibilita alcançá-las!