Artigo

Uma vida franciscana até o fim…

Como todo o povo brasileiro, senti muito a morte do Papa Francisco. Aliás, o mundo todo. Claro que o tamanho da tristeza se compara com o legado que ele deixou – a importância da história de seu pontificado.

Por: Wilson Márcio Depes em 8 de maio de 2025

Como todo o povo brasileiro, senti muito a morte do Papa Francisco. Aliás, o mundo todo. Claro que o tamanho da tristeza se compara com o legado que ele deixou – a importância da história de seu pontificado. Há pessoas que você simpatiza como o primeiro olhar, não é. Aconteceu comigo e, tenho certeza, com muita gente. Outro dia o filho do Rogério Medeiros, Ricardo, que é fotógrafo de A Gazeta, postou uma foto de uma índia jovem, e comentou: “Olha quanta ternura!”. Foi a mesma sensação de carinho quando vi a primeira foto do papa Francisco. E, com o passar do tempo, esse carinho só foi aumentando.
A rigor, e não misturo sentimentos, sob o ponto de vista ideológico foi a maior admiração que tive na vida. Um ser longe, muito longe de qualquer preconceito. Escreveria milhares de linhas sobre a figura humana do Francisco. E com o maior prazer. Como não posso, aqui vão estas, pobres varetas da gaiola em que o tempo capta essa ave de alto voo, esse pássaro de imensa envergadura – uma das figuras mais impressionantes de homem, intelectual, diria até estadista, sem exagero, que o mundo conheceu.
Um mundo não criado, mas recriado, uma luz. O Papa Francisco – a palavra é esta – nos deixou, como herança, o olhar mais atento para as realidades humanas e sociais, a acolher com diálogo, a agir com compaixão e nos comprometer com o cuidado do planeta.
O seu legado é imenso e não cabe em palavras. Sobretudo com os pobres. Seu sucessor precisará levar suas lições adiante. Aliás, uma vida franciscana de coerência até o fim!