Crônicas

1958

Foi o ano em que nasci. Brasil: Campeão Mundial de Futebol; Pelé e a batida da Bossa Nova. Até 1968: brincava no Cais do Avião, avião que nunca vi pousar; pegava siri no braço de mar que contorna Vitória e caranguejo no mangue onde hoje se encontra o Sambão do Povo

Por: Sergio Damião em 20 de dezembro de 2020

Foi o ano em que nasci. Brasil: Campeão Mundial de Futebol; Pelé e a batida da Bossa Nova. Até 1968: brincava no Cais do Avião, avião que nunca vi pousar; pegava siri no braço de mar que contorna Vitória e caranguejo no mangue onde hoje se encontra o Sambão do Povo; após o aterro e desaparecimento do mangue, buscava nos caminhos, de terra batida, a Ilha das Caieiras; nas tardes, subia e descia os morros do Alagoano e Alto Caratoira; nos fins de semana, no pátio do colégio Ludovico Pavoni, jogava futebol e acompanhava as obras do Santuário e Basílica de Santo Antônio. Paris fervilhava com o Movimento Estudantil. Eu nada sabia, vim a saber, anos depois, na Faculdade. Em 1970, foi o ano que conheci o Flamengo, uma paixão como descrito no hino: Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer… 1976: Iniciei a Faculdade de Medicina na Emescam, conheci Fabiola e como na paixão do futebol… 1981: Formamos e casamos. Ano de muitas alegrias, além do Flamengo Campeão Mundial de Clubes. 1983: Nasceu Helomar, meu primeiro filho. 1984: Um ano emblemático, por conta do livro homônimo de George Orwel. No ano nada ocorreu, o personagem do poderoso irmão que tudo via e podia, tempos depois, foi adaptado no programa de televisão do Big Brother. 1986: mudei para Cachoeiro. 1988: Constituição Brasileira, Lei Orgânica da Saúde e surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS), o que nos salva nessa pandemia. 1989: Nasce meu segundo filho, Vitor, um cachoeirense. 2018: Nasce Bernardo meu primeiro neto, um paulistano. 2020: Apesar do isolamento social, por conta da pandemia, nasce em abril uma esperança, João Vitor, meu segundo neto, um cachoeirense. Para 2021, alguns desejos: voltar às peladas do Clube dos Médicos; o meu Bom Dia Nação Rubro-Negra, que posto no Grupo de WhatsApp do Clube, se concretize em vitórias e não incomode tanto os tricolores cariocas Mauricio Cade e Pedro Scarp e ao vascaíno Paulo Nicoli; retorne Carlos Horacio Scaramussa ao Clube; Flávio, árbitro e organizador das peladas, possa contar com todos peladeiros e não nos deixe esquecer do amigo Jorginho Ayala. E, mais ainda, as vaidades e interesses da politica não atrapalhem a vacinação dos brasileiros contra o coronavírus.