Crônicas

A Bienal é aqui

Me encanta a realização de um evento, como a Bienal Rubem Braga, por inúmeros motivos. O principal é agregar pessoas em torno de um movimento cultural da maior relevância.

Por: Marilene Depes em 23 de maio de 2022

Me encanta a realização de um evento, como a Bienal Rubem Braga, por inúmeros motivos. O principal é agregar pessoas em torno de um movimento cultural da maior relevância. É vivenciar cultura e arte numa fase tão estranha em que vivemos, por conta da pandemia, da violência, da fome, e outras mazelas. Pode-se questionar: – como falar de cultura num contexto em que as pessoas mal se informam e somente por redes sociais?
Pois é, neste contexto a cultura representa um bálsamo em mentes atribuladas. Consumi-la não é privilégio de uma elite, existem bibliotecas disponíveis para empréstimos de livros, pode-se assistir bons filmes e shows nos celulares e TVs, o que falta é o hábito da leitura e da busca pela cultura, como se essa fosse irrelevante. Os jovens de periferia têm acesso aos livros e ao encantamento que os livros proporcionam nas bibliotecas das escolas. A Academia de Letras realizou um concurso literário com jovens estudantes e o resultado foi surpreendente, os trabalhos mais relevantes foram realizados pelos alunos das escolas públicas.
Outro ponto que merece destaque em relação à Bienal Rubem Braga é a sua continuidade. A primeira Bienal foi promovida no governo do Prefeito Roberto Valadão, em 2006, num espaço todo adaptado por tendas no Pavilhão da Ilha da Luz. E os Prefeitos seguintes proporcionaram sua realização, em locais mais centralizados, de fácil acesso, facilitando a participação do povo – adultos, idosos, jovens e crianças. Os olhos das crianças manuseando livros de histórias é de puro encantamento, o que nos faz refletir: – por que permitir que esse brilho se apague?
A Bienal não foi realizada em 2020 por conta da pandemia, e neste edição será de forma híbrida, com eventos on-line e presenciais nas escolas. As conferências serão on-line, com renomados escritores – Antônio Torres, Carolina Munhóz, Claufe Rodrigues, Henrique Rodrigues, Isa Colli, Micheliny Verunschk e Roberta Malta, abrangendo todas as áreas literárias. Nas escolas estão programadas: Contação de histórias, oficinas e cosplayers (não sei o que é e vou descobrir!) Além do lançamento de livros.
Parabenizo ao Prefeito Victor Coelho por possibilitar a realização da Bienal, e em nome da Academia de Letras parabenizo aos Acadêmicos Fernanda Martins – Secretária Municipal de Cultura e Turismo, pela organização; Lucimar Costa – Subsecretário, pela coordenação e Paula Garruth – por sua mediação nas conferências. E a partir de terça, dia 24, acesse no YouTube: SEMCULT Cachoeiro, nos horários divulgados na imprensa e mergulhe no mundo prazeroso da cultura e do conhecimento.