Crônicas

A Justiça e o bem comum

Aprendi com meus pais a respeitar os membros do judiciário, cursei Direito e até pensei em prestar concurso público na área e fui desmotivada por outros interesses, reconheço que aqueles que ocupam cargos jurídicos são pessoas que muito estudam e se esforçam, e tiveram acesso através de concursos dificílimos e de grande concorrência.

Por: Marilene Depes em 29 de novembro de 2022

Aprendi com meus pais a respeitar os membros do judiciário, cursei Direito e até pensei em prestar concurso público na área e fui desmotivada por outros interesses, reconheço que aqueles que ocupam cargos jurídicos são pessoas que muito estudam e se esforçam, e tiveram acesso através de concursos dificílimos e de grande concorrência.

Às vezes em que participei de audiências, como cidadã ou como representante da administração pública, minha postura sempre foi de muito respeito e distanciamento. Um juiz amigo, com o qual convivo com alguma proximidade, por ligações de amizade familiar, religiosa e humanitária, cito o Dr. Rafael Dalvi Guedes Pinto, cuja admiração evoluiu após sua participação em manifesto contra a violência e pela igualdade de direitos das mulheres, além da sua presença como leigo ativo na Igreja Católica. E na Academia Cachoeirense de Letras tenho o prazer de usufruir da presença do escritor e Juiz de Direito Dr. João Batista Chaia Ramos, um grande profissional e cidadão que é pura doçura no trato com as pessoas.

o membro dos Conselhos de Defesa dos Direitos dos Idosos e da Mulher, nos reportamos ao defensor dos idosos e mulheres que sofrem violências ou têm seus direitos violados – o Promotor de Justiça, que representa o Ministério Público atuando diretamente com a sociedade, hoje representado pelo Dr. Lucas Lobato La Rocca. Existem pessoas que ocupam seus cargos de forma extraordinária, e seria omissão não dignificar quem o merece pelo trabalho realizado. O Dr. Lucas, no desempenho de sua função, ao tomar conhecimento do funcionamento irregular de uma casa de abrigamento para idosos, incansavelmente e em finais de semana, atuou de forma efetiva junto a Secretaria de Desenvolvimento Social, o CREAS, a Polícia Militar, até o fechamento da casa clandestina. Ele foge aos padrões ao participar de reuniões extraordinárias e ordinárias entre mulheres, discute políticas públicas e sugere ações para minimizar e extinguir as causas da violência que as atingem. Como defensor dos idosos atende causas individuais e fiscaliza pessoalmente as ILPIs – Instituições de Longa Permanência para Idosos, quando se despoja do terno protocolar das audiências e em uniforme de trabalho promove reuniões com as diretorias das Instituições, conversa com os idosos, e com paciência e bom humor confere leveza os seus atos e cobranças, além de pontualidade admirável. E para facilitar a comunicação, dos envolvidos na defesa dos idosos e mulheres, criou e participa ativamente de grupos de WhatsApp. São cidadãos como os Drs. Rafael, Chaia e Lucas que nos dão esperança de um mundo mais justo e melhor.