Crônicas

Academia Cachoeirense de Letras

Nesse período de pandemia do novo coronavírus (Covid- 19), a Academia cumpre o seu dever divulgando depoimentos de confrades e confreiras com incentivos a leitura e estudos

Por: Sergio Damião em 1 de setembro de 2020

A Academia Cachoeirense de Letras (ACL) fundada em maio/ junho de 1962, conhecida como Casa de Newton Braga, tem como Emblema o Itabira rodeado por dois ramos e um livro aberto na base; o Lema Nulla Dies Sine Linea significa nem um dia sem um linha; seu Hino foi composto por Raul Sampaio e Evandro Moreira. Nesse período de pandemia do novo coronavírus (Covid- 19), a Academia cumpre o seu dever divulgando depoimentos de confrades e confreiras com incentivos a leitura e estudos (Instagram – acl_cachoeiro, coisas da modernidade digital que a Academia já assimilou com o belo trabalho da publicitária e acadêmica Luciana Fernandes). Um trabalho incentivado pela presidente Marilene Depes. Ocupo a cadeira número 4 tendo como patrono Arquimimo Martins de Mattos e como seu último ocupante Lourival Serrão. Os livros devem ser esparramados pela casa, escola e local de trabalho para o entretenimento (como ouvir música ou assistir um filme) e reflexões (mudança na vida pessoal e comunitária). Na ACL reúnem- -se pessoas que amam livros e leitura e acreditam nas mudanças que podem produzir. A Academia se aproxima dos poetas e dos seus sonhos, mesmo quando escreve em prosa. Gosto dos textos curtos: crônicas e contos (como se fossemos arrebatados e surpreendidos pelas poucas palavras). Gosto, também, dos textos filosóficos (nos leva a pensar no sentido da vida). Gosto de muitos autores, porem, pela crônica: Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. No conto: Machado de Assis e a canadense Alice Munro com seus contos contemporâneos. Nos textos e romances filosófi – cos: Albert Camus. Um livro inesquecível: A queda, de Camus. O que significa escrever para mim: quando escrevo alivio angústias e ansiedades. Para finalizar, nesses tempos sombrios da política e de pandemia, busco o Padre Vieira, no sec. XVII: Deus julga com o entendimento, os homens julgam com a vontade. Quem julga com o entendimento: se entende mal, julga mal, se entende bem, julga bem. Quem julga com a vontade: ou queira mal, ou queira bem, sempre julga mal. Se quer mal, julga como apaixonado e se quer bem, julga como cego. Deixo o juízo para depois da morte. É o juízo de Deus.