Acho que sou pessimista. Mas isso, a essa altura, é irrelevante. Fico estarrecido com as fanfarrices bolsonaristas de que o isolamento social poderia ser suspenso por um édito presidencial.
Desde 16 de março estou em quarentena, só saindo de casa até o quintal, para caminhar e tomar sol.
Bernardo, meu neto, encontrava-se saltitante, corria para um lado e outro, passava das 22 horas. De repente, pediu: Vovô, água!
Relutei para escrever, a sensação que se apossa de mim, se pudermos comparar, é de um carro que desenvolvendo velocidade normal é obrigado a frear abruptamente.
Como livre pensador, fico me perguntando, em meio a essa avalanche de informações dramáticas, se é lógico ou minimamente razoável que o Presidente da República possa se comportar do jeito que vem fazendo?
Uma reviravolta ímpar na vida que seguia um padrão, que tanto prezo...
Você olha no olho das pessoas. Entre uma consulta e outra, uma petição e outra, há o noticiário, geralmente através da televisão, que me atordoa.
Elas, sentadas bem à vontade (quase que nuas frente a frente), despidas de suas máscaras e papéis frequentemente usados socialmente.
Era uma segunda-feira, descia a Avenida Francisco Lacerda de Aguiar, bem próximo ao centro de Cachoeiro, seguia caminhando, encontrava-me em frente ao prédio Central da Unimed Sul Capixaba.
Deixou uma obra filantrópica, que faz mais de 4 milhões de atendimentos por ano aos usuários do SUS
Mas a primeira pergunta que acontece, naturalmente, é como podemos aproveitar positivamente o vírus?
No Brasil a cada 7 horas morre uma mulher vítima de feminicídio