Crônicas
Intolerância à liberdade
A liberdade de expressão é garantida pela Constituição Federal de 1988 no seu artigo 5º, inciso IX – é livre a expressão intelectual, científica e de comunicação.
Por: Marilene Depes em 25 de maio de 2020
A liberdade de expressão é garantida pela Constituição Federal de 1988 no seu artigo 5º, inciso IX – é livre a expressão intelectual, científica e de comunicação. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo 19, estabelece que todo homem tem direito a liberdade de opinião e expressão, o que inclui a liberdade de, sem interferências, receber e transmitir informações. O respeito a opinião do outro é sagrado, infelizmente o desrespeito e as fake news proliferam nas redes sociais, e se perde a consciência que a liberdade se restringe ao local de pertença de cada um.
Em postagem no facebook, foi manifestado o pensamento, através de exemplos concretos, a respeito do mandatário da nação, envolvido em fatos de cunho machista atingindo as mulheres em especial. Ao acabar de postar foram surgindo os comentários aprovando o conteúdo e de vez em quando desaprovando. A média de aprovação e agradecimentos era de 95% das postagens. O que intrigou foram os ataques – raivosos, grosseiros e sem argumentações consistentes. Inicialmente o autor foi deletando os comentários e os responsáveis, por não ter interesse em ser amigo de gente que não respeita os limites do outro. Num certo momento pediu que o respeitassem e se quisessem contestar, o que era um direito, que o fizessem em suas próprias páginas. Não deu resultado, parece que há um ódio tão profundo inflamando as pessoas que elas perderam a lucidez. Quando alguém faz uma postagem, quem concorda pode e deve comentar, quem não concorda pode ignorar ou utilizar do próprio espaço para justificar sua opinião. A norma ética é clara: Meu espaço, minhas regras.
E ao se defender ou desaprovar pessoa ou causa, se estas são justas, usa-se argumentos consistentes, sabedoria e eficácia. Aos gritos e impropérios não se atinge nenhum objetivo. Ao utilizar artimanhas e baixarias, declara-se publicamente que se encontra, por pura teimosia ou cegueira, numa canoa furada. E que a solução é sair dando coices pelo mundo afora. Triste situação do nosso país e do nosso povo, afundados no meio de uma pandemia, de um desgoverno e de tanta intolerância.