Avistei a cobertura do ponto de ônibus logo à frente, e após breve hesitação, resolvi prosseguir. Ele, o rio, nos leva a isso, seguir em frente, é o seu destino, sua sina, não nos deixa recuar.
Nela, gravamos momentos diversos da vida urbana. A urbe é assim: multifacetada. Como viajante prefiro gravar em memória. Não consigo enquadrar imagens na tela da câmera; não consigo gravar fatos e instantes que me alegram
Proust é o exemplo clássico de escritor ou pessoa que consegue enxergar o óbvio, sentir as dores dos outros e sugerir o caminho para a felicidade, mas viver exatamente de maneira contrária aos seus conhecimentos.
O dilema retorna e incomoda como uma paixão não resolvida. São as coisas da vida. Habitam espaços que não dominamos. Existem simplesmente. Podemos adquirir coisas, coisas materiais.
Entre pessoas que encontro no dia a dia, uma família chamou-me especialmente à atenção, um jovem senhor, a esposa, um filho e um casal de idosos, todos no mesmo veículo e dos cinco apenas a senhora idosa de máscara.
Nessa pandemia do SARS-CoV-2 (Covid-19), em que a fome e miséria aumentam pelas ruas de nossas cidades, estamos carentes de Zildas e Betinhos. Gradativamente, surgem em nossas comunidades, vários Betinhos.
Uma oportunidade de olhar o oceano pacífico, resquícios de civilizações pré-colombianas, construções coloniais e a arquitetura espanhola em esplendor nas suas igrejas e mansões em um belo centro histórico.
Mesmo durante pandemias ou dificuldades econômicas. De preferência em uma viagem de longa jornada de carro, ônibus, avião... Um longo tempo de silêncio, se assim preferisse.