Crônicas

Dia da Mulher

Recebi convite para falar na Câmara Municipal sobre: A Evolução das lutas femininas ao decorrer das décadas, em homenagem ao Dia da Mulher.

Por: Marilene Depes em 13 de março de 2023

Recebi convite para falar na Câmara Municipal sobre: A Evolução das lutas femininas ao decorrer das décadas, em homenagem ao Dia da Mulher. Iniciei lembrando que há mais de 600 anos as mulheres lutam para se libertarem da submissão que é histórica, opressora, injusta e desumana.
Nas sociedades primitivas a descendência era definida pela linhagem materna, matrilineares, as mulheres eram consideradas seres superiores pelo poder gestacional. As tarefas eram distribuídas de acordo com a força e todos eram responsáveis para criar as crianças. O homem era coletor juntamente com as mulheres, quando passou a ser agricultor e a domesticar os animais se inicia a situação de domínio da mulher, o grande divisor na história delas. Se lá já existisse um grupo de feministas, a história poderia ser diferente.
Como grande parte dos direitos conquistados na humanidade, entre eles os Direitos Humanos, o direito das mulheres passou por um longo processo histórico. A mulher era alvo de discriminações e submissa aos homens e parceiros, sua condição era equivalente à de escrava, numa época que ser livre significava ser homem, branco, rico e poderoso.
Em 1789, com a Revolução Francesa, os princípios de Igualdade, Fraternidade e Liberdade eclodiram pelo mundo, dando origem aos Direitos Humanos e a partir daí as mulheres partiram para a luta. A França marcou o início das transformações políticas e sociais do mundo e com a publicação da Declaração dos direitos do homem e do cidadão, as mulheres publicaram os Direitos das mulheres e das cidadãs. Finalmente após as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, a ONU promulgou a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, em que todas as pessoas do mundo, sem exceção passaram a ter seus direitos garantidos.
No Brasil somente em 1879 as mulheres conquistam o direito de frequentar as Faculdade. As mulheres nascem com cérebro exatamente como o dos homens. Só que sem receber estímulos o cérebro se atrofia, como acontece com qualquer órgão do corpo humano. Somente a educação possibilita à emancipação das mulheres. Hoje elas são maioria nos Cursos Superiores.
E na Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 5º, inciso I, ficou estabelecido que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. E a luta continua enquanto persistirem abusos, discriminação e desrespeito às mulheres.