Crônicas

Falando de eleições

Relutei em escrever sobre o tema, sou leiga mas não sou omissa, vou partilhar algumas opiniões e não tenho a pretensão de influenciar ninguém.

Por: Marilene Depes em 3 de novembro de 2020

Relutei em escrever sobre o tema, sou leiga mas não sou omissa, vou partilhar algumas opiniões e não tenho a pretensão de influenciar ninguém. Iniciarei declarando as minhas razões para não votar. Sou seletiva, a rejeição inicial é com quem utiliza projetos sociais para alçar cargo em política, acho inadmissível esse degrau de acesso. Reluto com candidatura de padres e pastores, política e religião estão em campos diversos, política trata do bem estar do povo e da nação, e religião da espiritualidade. Como também reluto com candidatos que carregam uma patente anterior ao nome, são autoridades estabelecidas para dar proteção e segurança a população em cargos que já são de alta relevância. Naturalmente podem se revelar ótimos políticos, apenas é ponto de vista.
Definitivamente não voto em candidatos machistas, homofóbicos, racistas, xenofóbicos, misóginos e preconceituosos. Como mulher, voto em mulheres declaradamente feministas, que defendam os direitos das companheiras e são aguerridas em seus propósitos.
Para se almejar um cargo político é necessário ter espírito de liderança e possuir um histórico de ação comunitária. Vejo com bons olhos as lideranças que surgem de um trabalho coletivo e que tentam diminuir as adversidades do povo, através de atos concretas em prol do bem estar geral. As verdadeiras lideranças nascem espontaneamente, são pessoas que lutam pelos direitos de quem não tem voz nem vez, através da promoção pessoal e não do assistencialismo. Independente das funções que ocupam, podem ser trabalhadores braçais, empresários, bancários, radialistas, professores, todos aqueles que em suas profissões não se calam e se colocam em prol do bem comum e batalham por suas categorias. Primordial é ter um reduto de apoio.
Como cidadã voto em quem acolhe a opinião do povo, que caminha pelas ruas e que faz disso um hábito. Não existe melhor pesquisa de opinião do que a inserção em locais públicos. Voto no politico atualizado, que não teme e bem utiliza as redes sociais, que aceita críticas, porque é através delas que se estabelece os caminhos de uma boa gestão. Cargo político deveria ser ocupado por cidadão com espírito democrático e que entenda em profundidade que, por mais alta a posição que ocupa ela é passageira, e se é apenas um servidor do povo que o elegeu.