Crônicas

Pensamentos para dividir

É o segundo livro da Kelly Vargas Wandermuren Thompson. Cachoeirense, bacharel em direito, psicóloga, mãe da Eduarda e Bruno. Casada com o cardiologista Marlus Thompson – Coordenador da UTI e da Residência Médica do HECI.

Por: Sergio Damião em 13 de outubro de 2020

É o segundo livro da Kelly Vargas Wandermuren Thompson. Cachoeirense, bacharel em direito, psicóloga, mãe da Eduarda e Bruno. Casada com o cardiologista Marlus Thompson – Coordenador da UTI e da Residência Médica do HECI. “Lições ao entardecer são sempre possíveis”, afirma Marlus no primeiro livro da Kelly. Ele chama a atenção para ficarmos atentos, pois as lições estão em lugares impossíveis e invisíveis apenas aos distraídos e dispersos. Em 152 páginas, Kelly revela seus primeiros anos de convivência com o autismo. Destaca a paciência como a maior virtude para uma convivência familiar harmônica e o respeito às diferenças como o melhor para o amadurecimento e crescimento da sociedade.
Em suas lições, Kelly no faz um depoimento instigante em A solidão e seus espaços vazios e nos revela que podemos ser boas companhias a nós mesmos e ensinar aos nossos filhos a serem gentis consigo. Em Pensamentos para dividir, Kelly confirma a minha impressão inicial, torna-se uma escritora completa. Um alento à literatura cachoeirense. Seus pensamentos são possíveis, necessários e essenciais para se dividir. Faz-nos ir e vir por caminhos que nos levam às Lições ao entardecer, como se voltássemos no tempo a todo instante. Em suas crônicas e contos dos seus Pensamentos, ela busca nos nuances da vida a inspiração.
Observa pessoas e coisas à sua volta como se estivesse “Numa esquina do tempo”, seu próximo livro. Como se aguardasse a abertura de um sinal de trânsito, o sinal verde para que todos saíssem em disparada, mundo a fora, em busca de sonhos, tentando entender aqueles que são ditos diferentes, ou loucos, mas que na verdade, são apenas eternos sonhadores como os amantes da escrita e da palavra. Kelly apresenta Pensamentos simples. Simples como o desejo de uma criança; como a carta de um velho baú; simples como as coisas do tempo; como uma fotografia antiga; como a utilização das coisas que vemos e aprendemos na vida; simples como o olhar por uma janela… Em “Tudo, de tudo um pouco…” Kelly fala sobre a superfície e a superficialidade. Nada mais oportuno para os tempos em que vivemos, onde o conhecimento é adquirido em redes sociais que nos retiram a autenticidade e nos enchem de informações duvidosas.