Crônicas

Suicídio

O comportamento suicida aumenta em nossa sociedade. Uma tendência mundial. Inerente à modernidade: estilo de vida; consumo de drogas lícitas (álcool e tabaco) ou ilícitas (cocaína, crack...).

Por: Sergio Damião em 4 de outubro de 2022

O comportamento suicida aumenta em nossa sociedade. Uma tendência mundial. Inerente à modernidade: estilo de vida; consumo de drogas lícitas (álcool e tabaco) ou ilícitas (cocaína, crack…). Também, em nossas ruas e estradas, com a alta velocidade de carros e motocicletas, na imprudência da não observação das leis do trânsito, do serviço de transporte indevido e na falta de condições e manutenção das rodovias. Fruto de uma sociedade permissiva, falta de ações preventivas e, ou, educacional. A todo o momento: risco de perda de uma vida. Mortes evitáveis, mortes traumáticas, ceifando vidas, deixando sequelas. Além das causas externas, proveniente de estilos de vida e comportamento, o risco do suicídio aparece em doenças endógenas (orgânicas) ainda que sofram influências do meio em que vivemos. As depressões endógenas – manifestação de tristeza profunda, transtorno alimentar, distúrbio do sono, uma aparente falta de interesse pelas coisas da vida, algo bem além de uma tristeza momentânea por uma perda de algo ou pessoa querida. A depressão é crescente em nosso convívio. Motivo de alerta para a sociedade: Setembro Amarelo. Devemos observar as pessoas. Identificar sofrimentos e se aproximar do outro. Na maioria das vezes são momentos. Tristeza passageira, coisas dos nossos sentimentos. Quando atentam contra a própria vida, sempre emitem sinais, dias ou horas, antes. Bem antes de encontrarem-se sem esperança, sem apoio, em completa solidão, mesmo em meio à multidão. Os deprimidos (melancólicos profundos) permanecem alheios as coisas da vida. Uma deficiência neuro-hormonal: neurotransmissores cerebrais, passíveis de tratamento medicamentoso. No momento da depressão profunda, vão contra um dos maiores estímulos humano: instinto da sobrevivência. A doença não é física, pois, convivendo com pacientes com doenças crônicas, com dores físicas, ainda assim, permanece a esperança de melhoras, permanece desejo da cura. No transtorno mental / psicológico, uma dor diferente se apresenta: um físico perfeito e mente confusa em sentimentos. É o momento que pedem ajuda. A necessidade da ajuda é iminente; o risco também. São alguns segundos. Precisamos evitar Estigmas: a grande barreira para a prevenção do suicídio.