Crônicas

A palavra do ano…

Esta é a última edição do ano. Aliás, que ano! Jackson Júnior, coitado, teve que cancelar os festejos de fim do ano em Marataízes. Será que ele esperava um outro cenário? Triste ver a devolução das reservas.

Por: Wilson Márcio Depes em 20 de dezembro de 2020

Esta é a última edição do ano. Aliás, que ano! Jackson Júnior, coitado, teve que cancelar os festejos de fim do ano em Marataízes. Será que ele esperava um outro cenário? Triste ver a devolução das reservas. Creio que não exagero. Assim vivemos este ano: esgalhando-se, ampliadamente, sem tréguas, e com medos, em todas as direções, acertando e errando, pagando alto preço de uma ousadia incrível: preservar a vida. Ano triste e cruel. Que Deus possa aliviar nossa luta e venha propiciar um Natal mais próximo, bem mais próximo de seu significado. E um Ano Novo com seu real sentido. Novo em busca da paz e da felicidade. É o que eu penso, desejo ardentemente, e é minha mensagem de Natal e Ano Novo aos meus queridos leitores aqui da Leia.
Curiosamente, faço uma reflexão intrometida: a palavra mais ouvida neste terrível ano da pandemia foi: ‘negacionismo’. Aliás, uma fortíssima candidata ao título de “a palavra do ano” no concurso promovido pela coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo. De acordo com o “Dicionário crítico de psicanálise”, de Charles Rycroft, uma personalidade negacionista é aquela em que o paciente tem compulsão a opor sua vontade à dos outros, mesmo que isso o prejudique. Aliás, não é preciso sofisticar. Busquei outros significados possíveis nos mais elementares dicionários. Ou seja: 1. Atitude de quem afirma que algo não é verdadeiro ou não existe; 2. Rejeição da validade de conceitos apoiados por consenso científico ou empiricamente verificáveis; 3. Posição de quem nega a existência de um fato documentado ou de quem propõe interpretações não fundamentadas de fenômenos históricos já estudados; revisionismo. Pois bem. Esses conceitos, por incrível que pareça, nos afastaram da vacina contra a Covid. Este ano vivemos sob o efeito dela e seus sentidos.
Antes de escrever esta crônica assisti a uma entrevista do Ministro da Saúde que, aliás, me perguntou por que eu estava tão aflito, tão ansioso. Um surto de mediocridade. No meio de uma pandemia e de uma recessão, o Brasil ficou com um presidente sem partido, sem projeto e sem aliados. Para quem não gosta dele, pode ser motivo de alegria, mas daqui a pouco vai se perceber como é perigosa essa situação. Afinal, acho mesmo que não tenho qualquer motivo para me preocupar. Daqui, fica o meu abraço.