Crônicas

Diabetes

O bem maior do ser humano é a saúde. Pena que só entendemos sua importância quando começamos a perdê-la ou no momento da dor. Saúde: algo pessoal e intransferível.

Por: Sergio Damião em 29 de novembro de 2021

O bem maior do ser humano é a saúde. Pena que só entendemos sua importância quando começamos a perdê-la ou no momento da dor. Saúde: algo pessoal e intransferível. Ainda que dependente da coletividade em muitos aspectos. Dalai Lama: O homem perde a saúde em busca do dinheiro; no fim, perde o dinheiro na tentativa da sua recuperação. Algo sem sentido. Uma frase de efeito que não compreendemos bem e valorizamos menos ainda, até que nos encontramos na iminência da falência, falência de um dos nossos órgãos. Durante a nossa vida praticamos o autoengano (fingimos, vivemos na ilusão de uma saúde eterna, evitamos pensar no envelhecimento e acreditamos que mudanças corporais não vão acontecer). Quando algo acontece passamos a questionar. Por que eu? Demoramos em aceitar os fatos. A aceitação da finitude é uma etapa fundamental para os cuidados com o corpo humano. A atitude pessoal pode mudar a história natural das doenças. Podemos não evita-la; mas diminuímos danos. O que fazemos no presente garante a qualidade de vida dez ou vinte anos depois. Por não valorizar, não as realizamos quando mais novos e ao avançarmos no tempo tomamos consciência da sua necessidade. Não há mais tempo. Resta apenas a lamentação. Os estudos mostram os fatores protetores: manter peso corporal adequado, exercício físico regular, não fumar, diminuir açúcar e sal na alimentação, verificar níveis de glicemia sanguínea, controle da pressão arterial, diminuir o nível de estresse, uso de fio dental e escovação dentária correta. Uma das doenças crônicas prevenivel e tratada é o diabetes. Como ela é silenciosa, e implica em mudanças de hábitos, desprezamos o seu controle e não aceitamos sua presença. Um erro crasso, pois, o seu controle é totalmente viável e não depende, muitas vezes, de medicações. Nós, os diabéticos, somos quase 20 milhões espalhados pelo Brasil, em sua maioria, sem nenhum controle e outros praticando o autoengano (o açúcar é só um pouquinho elevado…). A primeira condição para um bom controle é a aceitação da condição diabética. O controle do açúcar no sangue protege de uma série de complicações vasculares e principalmente: coração, cérebro, rins e retina.