Crônicas

Marilene

Marilene De Batista Depes é cachoeirense e primeira mulher a presidir a Academia Cachoeirense de Letras (ACL). Seu último livro é isso: um presente de mulher, e de mulheres (Luciana e Célia), para nós homens.

Por: Sergio Damião em 25 de janeiro de 2022

Marilene De Batista Depes é cachoeirense e primeira mulher a presidir a Academia Cachoeirense de Letras (ACL). Seu último livro é isso: um presente de mulher, e de mulheres (Luciana e Célia), para nós homens. Uma forma diferente de dizer: somos todos iguais. E quando alguma diferença se apresenta, mesmo em suas formas mais simples, é só prá mostrar a beleza e complexidade das coisas da vida. E para narrar a complexidade das coisas simples da vida, Marilene utiliza sua escrita com maestria. Escrita – instrumento de luta, de Marilene Depes, tem uma capa belíssima, realizada pela confreira Luciana Fernandes. O contraste do antigo (máquina de escrever) que nos leva a pensar nos antigos cursos de datilografia que nossos pais obrigavam a fazer como se fosse a garantia de um emprego e de uma profissão, junto ao teclado de computador, nos leva a pensar que a geração atual já nasce com a habilidade da digitação. A beleza se completa na alternância das cores rosa claro ao branco. O contraste final fica por conta dos óculos e a capa do celular, tudo remete a um cenário futurístico visitando presente e passado. A apresentação, prefácio, Da Escrita- instrumento de luta, é realizado pela também confreira, da Academia Cachoeirense de Letras, Célia Ferreira (considerada por Marilene com a anuência de todos nós: a nossa melhor cronista). Célia afirma que Marilene surpreendeu a todos ao acrescentar à comodidade da vida confortável que conquistou componentes inesperados, como a aceitação da diversidade e a necessidade da inclusão dos discriminados ou marginalizados por tantas condições. Completa: “Marilene, na atualidade, não surpreende mais ninguém – e isso é muito bom. Sabemos sempre o que esperar dela e de suas crônicas: sensibilidade, generosidade e disposição para a luta.” Na Escrita – instrumento de luta são 120 crônicas. A crônica retrata o cotidiano, onde participamos ora como atores principais; ora com meros coadjuvantes; e na maioria das vezes como narradores atentos da vida. Marilene consegue associar essas diversas funções, criando textos corretos em momentos oportunos. Proporcionando uma escrita que diverte, esclarece e sensibiliza. Sem nunca esquecer a indignação para mudar comportamentos.