Escrevo no dia em que se comemora o Dia do Amigo, e o tema me é muito prazeroso. Ao longo da vida vamos agregando amigos, e estes naturalmente vão se desagregando pela própria mudança de interesses, de trabalho e de posturas.
Há bastante tempo queria entender essas pessoas e como não sou da área da psicologia sentia dificuldade, até que me deparei com um artigo em que um profissional conseguiu esclarecer-me.
Sempre me intrigou a falta de parceria entre elas, parceria essa que extrapola os limites quando se trata dos homens. A sororidade não é nada além do que a solidariedade umas com as outras, e é comum ser observada nos movimentos feministas.
Sabe uma pessoa boa para gravar fatos e péssima para localiza-los numa linha do tempo? Pois bem, sou eu. Estou pronta para dar uma notícia e não consigo localizar o tempo certo dos acontecimentos que trouxeram os fatos até aqui.
Me dirijo ao trabalho a cada manhã rezando e agradecendo a Deus pela vida, minha e de todos que vou me lembrando, pedindo pela saúde dos doentes, e sonhando enquanto organizo mentalmente meu dia.
O controle numa ILPI é difícil, pela fragilidade dos abrigados, pela proximidade entre eles e a necessidade de cuidados que requerem muita intimidade com os cuidadores, estes que mantém vida normal fora da entidade.
Por conta do vocábulo matuto em desuso nos dias atuais, comecei a pesquisar na memória e fui anotando e lembrando que muitas vezes faço uso de palavras hoje desconhecidas.
Ele me olhou de forma estranha e informou que todas as pessoas importantes estavam no velório. Novamente respondi que não sou importante e só vou a velórios de parentes ou amigos, e que nessa pandemia tenho restringido mais ainda minha presença.