Wilson Márcio Depes, meu caro confrade, companheiro da Academia Cachoeirense de Letras (ACL), tempos atrás, descreveu, em livro, várias figuras folclóricas da nossa cidade. Uma dessas pessoas era o Agulha.
Sabiá-laranjeira é a ave símbolo do nosso país e do estado de São Paulo. Em sua família se destacam o corpo alongado, pernas robustas e bicos medianos. De tudo, o que se sobressai é o canto onde seduz as fêmeas e demarca o território.
São suas iniciais. O nome? Não se recordava. Restava, em documento, uma foto apagada, um registro civil. Não se lembrava dos pais, irmãos ou vizinhos. Menos ainda da casa onde morava e os detalhes da redondeza, coisas de sua infância e adolescência.
O bem maior do ser humano é a saúde. Pena que só entendemos sua importância quando começamos a perdê-la ou no momento da dor. Saúde: algo pessoal e intransferível.
Uma glândula do sexo masculino. Por muitos anos esquecida e sofrendo todo tipo de preconceito. Sofrendo também agressões: inflamação e infecção, aguda ou crônica.
Na infância, achava que a existência de um super-herói, poderia melhorar o mundo. Seria um mundo mais seguro e consequentemente mais alegre e feliz.
O Corpo Humano em seu interior e externamente é uma obra que transcende a compreensão. Uma harmonia entre gases, líquidos e sólidos, entre células vivas e mortas, e os vários tipos de bactérias.
Morei, infância e adolescência, em uma casa. Construída aos poucos, andar por andar, até atingir o terraço. Ficava no alto do morro. Uma longa escadaria se apresentava ao redor de outras casas.