Ele era tido na imprensa brasileira como “o mestre”. Sou daquelas pessoas que, entre um prêmio em dinheiro e conhecer uma pessoa que admiro muito, opto pela segunda alternativa.
Tenho encontrado poucos amigos durante a pandemia. De forma simples e até prosaica me pergunto como a gente pode viver sem amigos. Claudinha Sabadine, outro dia, me disse: “Tempos difíceis, né? Bom ter os amigos por perto”. Há mais de um ano que não encontro com ela.
Desde o falecimento de minha mãe, em 2002, tenho feito isso. Recebo, permanentemente, pedidos dos livros editados de cachoeirenses que moram fora, mas as edições estão esgotadas.
Aliás, a “Casa de Memória” de Cachoeiro – concebida para isso - foi uma ideia que tomou forma em Curitiba. Jaime Lerner ofereceu seus projetos para nós, na qualidade de urbanista mais famoso do Brasil.
Ele é só rei. Se engana aquele que diz que tudo foi dito sobre a carreira de Roberto Carlos. Os seus 80 anos proporcionaram uma avalanche de reportagens, fotos, entrevistas, homenagens, juras de amor.
Meu Deus. Que inveja! Após mais de três meses de lockdown, a Inglaterra teve o primeiro dia de reabertura de serviços não essenciais, como pubs, restaurantes, lojas e salões de beleza na segunda-feira, dia 12.
Encontro um amigo perplexo, com tudo e com todos. “O que será de nós, de nosso país, o que estão fazendo e o que vão fazer?”.
As palavras respiram. Não ficam entubadas. Semana Santa. Lembro-me que meu avô materno, que era mineiro, quando a coisa ficava difícil, ia buscar consolo – e explicação – nas páginas de Guimarães Rosa, que também era mineiro e o cara mais supersticioso do mundo.