Neste recolhimento imposto pela pandemia, que respeito e recomendo a meus amigos, não deixei de trabalhar. Pelo contrário.
O velho bruxo argentino dizia que, como todas as coisas, o destino de Pedro Salvadores parece-nos um símbolo de algo que estamos a ponto de compreender.
As pessoas se oferecem para trabalhos voluntários, e por toda parte vemos se multiplicarem em ações de todo tipo...
Acho que sou pessimista. Mas isso, a essa altura, é irrelevante. Fico estarrecido com as fanfarrices bolsonaristas de que o isolamento social poderia ser suspenso por um édito presidencial.
Pessoalmente, a bem da verdade, não tenho – nem poderia ter - do que me queixar do confinamento, pelo menos em comparação com o que estão no país e o mundo.
Como livre pensador, fico me perguntando, em meio a essa avalanche de informações dramáticas, se é lógico ou minimamente razoável que o Presidente da República possa se comportar do jeito que vem fazendo?
Você olha no olho das pessoas. Entre uma consulta e outra, uma petição e outra, há o noticiário, geralmente através da televisão, que me atordoa.
Mas a primeira pergunta que acontece, naturalmente, é como podemos aproveitar positivamente o vírus?