A sociedade ocidental sempre afastou do seu convívio os inconvenientes. Afastava o que via: criou na Idade Média os leprosários. Afastou o que não entendia: a loucura (manicômios - hospícios).
Eu não me canso de sonhar quando me encontro em frente ao rio Itapemirim, Pico do Itabira e o Frade e a Freira. Diminui dores e tristezas das lembranças de um fim de dia em hospitais. Acordo cedo e na sacada do apartamento permaneço por alguns instantes entre sombras e luzes do alvorecer. G
Dia desses fui surpreendido, ouvi: Sergio, não seja prolixo. Prolixo: palavra derivada do latim, algo extenso, longo. Pior, tediosamente extenso e cansativo pela grande quantidade de minúcias inúteis, supérfluas.
Avistei a cobertura do ponto de ônibus logo à frente, e após breve hesitação, resolvi prosseguir. Ele, o rio, nos leva a isso, seguir em frente, é o seu destino, sua sina, não nos deixa recuar.
Nela, gravamos momentos diversos da vida urbana. A urbe é assim: multifacetada. Como viajante prefiro gravar em memória. Não consigo enquadrar imagens na tela da câmera; não consigo gravar fatos e instantes que me alegram
Proust é o exemplo clássico de escritor ou pessoa que consegue enxergar o óbvio, sentir as dores dos outros e sugerir o caminho para a felicidade, mas viver exatamente de maneira contrária aos seus conhecimentos.
O dilema retorna e incomoda como uma paixão não resolvida. São as coisas da vida. Habitam espaços que não dominamos. Existem simplesmente. Podemos adquirir coisas, coisas materiais.
Entre pessoas que encontro no dia a dia, uma família chamou-me especialmente à atenção, um jovem senhor, a esposa, um filho e um casal de idosos, todos no mesmo veículo e dos cinco apenas a senhora idosa de máscara.